O Real Forte Príncipe da Beira, também conhecido como Fortaleza do Príncipe da Beira, localiza-se na margem direita do rio Guaporé, no município de Costa Marques, estado de Rondônia, no Brasil.
Em posição dominante na fronteira com a Bolívia, esta fortaleza é considerada uma das maiores edificadas pela Engenharia Militar portuguesa no Brasil Colônia, fruto da política pombalina de limites com a Coroa espanhola na América do Sul, definida pelos tratados firmados entre as duas Coroas entre 1750 e 1777. "Príncipe da Beira" é o título dos primogênitos dos herdeiros dos Reis de Portugal (i.e. netos), e assim foi batizado em homenagem ao príncipe D. José, neto de D. João V (1705-1750).
(...) A fundação do Forte do Príncipe da Beira [1776], com a de Viseu [1776], obrigaram os espanhóis à assinatura do Tratado de Santo Ildefonso, cujo ajuste foi terminado em 1777, valendo aquele Capitão General [Pereira e Cáceres] a frase com que o pintaria o dirigente espanhol de Santa Cruz de la Sierra: 'O mais ambicioso dos Governadores portugueses'. (...)
O forte do Príncipe da Beira é abaluartado, [pelo] sistema Vauban, e construído sobre um quadrado, medindo cada face 118 metros e 50 centímetros e tendo em cada ângulo um baluarte de 59 metros sobre 48 na máxima altura.
Curiosidades
* A cor avermelhada da fortifização deve-se ao emprego, na sua construção, de pedra de canga laterítica, abundante na região.
* A pedra calcárea, utilizada nos arremates por exemplo, foi transportada de Vila Maria e de Belém do Pará.
* Embora a cifra de trabalhadores seja de duzentos homens, estima-se que pelo menos mil outros trabalhadores estiveram envolvidos na sua edificação, entre indígenas e escravos africanos.
* Os recursos para a edificação vieram, em grande parte, das receitas geradas pela Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão.
* Das inscrições nas paredes das antigas masmorras, podem-se inferir alguns detalhes da vida cotidiana na fortificação:
- No dia 18 de setembro de 1852, pelas duas horas da tarde, a terra tremeu;
- Alguns prisioneiros usavam grossa e comprida corrente ao pescoço;
- Os presos eventualmente recebiam auxílio, na forma de esmolas, da população local.
Saiba mais:
http://olhonahistoria.blogspot.com/search/label/Real%20Forte%20Pr%C3%ADncipe%20da%20Beira
Fotos e Google Earth:
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=575235
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