quarta-feira, 13 de março de 2019

História de Vilhena

A formação do povoado de Vilhena teve início em 1912, com instalação de um posto telegráfico das Linhas Telegráficas Estratégicas do Mato Grosso ao Amazonas. 
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No ano 1960, a construtora Camargo Correa, que estava realizando serviço de abertura da BR 364, instala um acampamento, constrói campo de pouso e ao redor dele foram sendo construídas casas comerciais e residências.
Resultado de imagem para Ônibus saindo de Vilhena com destino a Porto Velho – 1979 Em 1973, o povoado de Vilhena era subdistrito do distrito Rondônia e pertencia ao município de Porto Velho, tinha aproximadamente 100 casas. No mês de outubro do referido ano, o INCRA implantou o Projeto Integrado de Colonização Paulo Assis Ribeiro e coloniza a região do cone sul do estado. Em 11 de outubro de 1977, foi criado o município de Vilhena, com áreas desmembradas dos municípios de Porto Velho e Guajará-Mirim, Entre 1977-81, a área do município de Vilhena abrangia a margem esquerda do rio Guaporé. As áreas dos atuais municípios de Colorado do Oeste, Cerejeiras, Corumbiara, Cabixi e Pimenteiras do Oeste pertenciam ao município de Vilhena.
Ônibus saindo de Vilhena com destino a Porto Velho – 1979

Em 1973, o povoado de Vilhena era subdistrito do distrito Rondônia e pertencia ao município de Porto Velho, tinha aproximadamente 100 casas. 
No mês de outubro do referido ano, o INCRA implantou o Projeto Integrado de Colonização Paulo Assis Ribeiro e coloniza a região do cone sul do estado.


Em 11 de outubro de 1977, foi criado o município de Vilhena, com áreas desmembradas dos municípios de Porto Velho e Guajará-Mirim.

Entre 1977-81, a área do município de Vilhena abrangia a margem esquerda do rio Guaporé. As áreas dos atuais municípios de Colorado do Oeste, Cerejeiras, Corumbiara, Cabixi e Pimenteiras do Oeste pertenciam ao município de Vilhena.
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terça-feira, 12 de março de 2019

Rondônia e sua pluralidade cultural

A ocupação ocorrida nos últimos quarenta anos produziu um quadro cultural diferente das migrações anteriores no solo rondoniense e rondoniano. 
O norte de Rondônia e seu extremo oeste ficaram com uma população ligada aos padrões culturais regionais ribeirinhos tradicionais, construídos desde o período colonial. Lendas, mitos, contos e causos fantásticos e impressionantes ocupam o imaginário profundo e criativo das pessoas que insistiram no isolamento e ocupação da extraordinária e inóspita região. 

O resultado do acúmulo de várias gerações que ocuparam a imensa, escura e distante floresta se manifesta na vasta expressão cultural existente.
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Essa área é formada pelos municípios dos vales do Guaporé, Mamoré e Madeira, possuem características amazônicas, desde sua culinária, música e festas tradicionais. Onde podemos perceber e diagnosticar uma relação profunda com a floresta, onde a mesma se apresenta como uma espécie de santuário, quintal místico que fornece alimentos, remédios, óleos, etc.
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As populações possuem uma relação com a floresta, em que ela é fundamental em seu cotidiano, é a cultura do peixe e da macaxeira. A floresta tem mais valor para as culturas tradicionais amazônicas estando de pé, dela é extraída boa parte do que se consome, como: açaí, pupunha, bacaba, puruí, palmitos, andiroba, copaíba, tucumã, babaçu etc.
A floresta tem ingredientes míticos à cultura tradicional ribeirinha e indígena, associada aos seus mistérios e encantamentos, as pessoas vivem o ritmo dos seus rios, suas lendas e tradições.
Espiritualidade plural e infinita, rezas benzimentos, misticismos se relacionam com novas experiências religiosas como o candomblé, protestantismos, catolicismos, budismos, espiritismos e uma infinidade de outras seitas e religiões.
Experiências religiosas, mágicas nascidas no oco da floresta medonha surgem, o Santo Daime e a União do Vegetal, recebem a cada dia, mais seguidores que se encantam com um mundo que parece não estar neste tempo, neste cosmo, revelando novos modelos de espiritualidade que possibilitam um reencontro com os mistérios sobrenaturais das divindades santas e profanas da terra sem males, da Amazônia.
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A colonização recente sulista, não atingiu essas “regiões tradicionais”, ela ocupou de forma muito decisiva a as cidades que surgiram entre Vilhena e Ariquemes, construindo ali um modelo cultural ligado ao Sul do Brasil.
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O chimarrão e o churrasco ditam o passo nessas regiões, enquanto que nas zonas que defino como tradicionais amazônicas o ritmo é ditado pela caldeirada de tambaqui, tapioca, tucupi e pupunha.
Lentamente estes dois modelos vão se misturando gerando grandes percas para o modelo cultural amazônico na região, pois diferente da cultura sulista, a cultura tradicional amazônica não esta solidificada, ou sedimentada como a sulista.
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O processo de colonização recente foi imposto foi abrupto, repentino, não sendo acompanhado por uma iniciativa de proteção dos valores tradicionais. Enquanto a cultura do chimarrão se espalha através dos CTGs – Centros de Tradições Gaúchas, o modelo cultural ligado à floresta vai desaparecendo.
As florestas foram derrubadas e queimadas para dar lugar ao desenvolvimento da pecuária e cultura da soja. As terras ficaram limpas e árvores que são de grande importância na cultura amazônica foram derrubadas, como: Castanheiras, Copaíbas, Andirobas, Pupunha e Tucumã desapareceram quase que completamente na região central e sul do Estado.

Os novos colonos vindos do Sul e Sudeste do Brasil, em sua maioria, não conheciam o potencial dessas árvores, não se identificavam com a flora e fauna amazônica. Suas espécies tão importantes para nosso eco sistema desapareceram nas laminas de motosserras e tratores com correntes.

Não pretendemos de forma alguma condenar o colono, queremos demonstrar com clareza o quanto foi falho o processo de colonização que não se preocupou em difundir os valores regionais para uma população vinda de uma região tão diferente. Não existiam órgãos fiscalizadores, orientadores, protetores, da rica e diversificada fauna regional amazônica.
As famílias oriundas em sua maioria do Sul do Brasil foram grandes vítimas do descaso governamental, foram arremessadas à floresta tropical sem a devida estrutura, muitos viram seus parentes morrerem de malária, os lotes doados pelo INCRA, muitas vezes se localizavam a dezenas de quilômetros do centro administrativo que ia surgindo.
Em Colorado do O’este, convivi com essa realidade, pude acompanhar algumas famílias em sua caminhada até a terra prometida por cinqüenta, sessenta quilômetros arrastando o cacaio, espécie de mochila feita com uma calça velha, onde se punha o essencial, como : sal, querosene, munição, charque e farinha.
Suas vidas passavam por dramas sem fim, muitas vezes o encontro com o inesperado dramatizava mais ainda a viagem, onças espreitavam os viajantes. Histórias davam contas de vários ataques.

Presente também, a ameaça dos jagunços, lacaios de grileiros inescrupulosos, comuns no cone sul zona da mata e ao longo de toda a BR 364, até a vila Papagaio atual Ariquemes que ainda não havia sido asfaltada, eles eram sempre uma ameaça a ser considerada, muitos foram assassinados, pois lei para os mais pobres era como hoje, piada sem graça.
Os novos colonos viviam em meio aos sonhos, esperanças e temores, apegados a Deus arrancavam uma coragem que ninguém sabe explicar direito de onde veio, mais no final, se alinharam ao trajeto histórico tendo como ancestrais as populações indígenas. Mais tarde os bandeirantes do Vale do Guaporé, depois os seringueiros da Primeira fase da Borracha, ainda mais tarde, a Segunda Fase com o Soldado da Borracha, na Colonização Recente, construíram um capítulo novo em nossa história e ofereceram para a geração atual isso que chamamos de terras de Rondônia e que bem nos acolhe.
Os sulistas que chegaram impulsionados pelas grandes ondas migratórias, nos últimos quarenta anos, merecem de todos nós o respeito devotado aos grandes heróis.

Cada família possui um pouco do sangue, força, garra e caráter de Alexandre de Gusmão, Ricardo Franco, Rondon, Ajuricaba, Roquette Pinto, Tereza de Benguela, Capitão Silvio, Capitão Alípio entre outros. Pessoas que se entregaram ao mundo inimaginável existente na última fronteira a ser ocupada e conquistada na terra.
Vivemos o quinto período desenvolvimentista de Rondônia, agora, somos nós os novos bandeirantes. Cabe a todos nós, do hoje, de Vilhena à Extrema, de Cerejeiras à Guajará Mirim, de todas as beiras de rios, de todas as cores e crenças, os novos passos que determinará o futuro dessa terra. As terras que um dia foram definidas como: “Terras de Rondon, Terras do Guaporé”.










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Artigo do historiador Emmanoel Gomes
http://rondoniaempauta.com.br/nl/historia/rondonia-e-sua-pluralidade-cultural-artigo-do-historiador-emmanoel-gomes/ 

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terça-feira, 5 de março de 2019

Povoamento e ocupação dos Vales do Madeira, Mamoré e Guaporé


Entre as fases de desenvolvimento do estado de Rondônia podemos destacar 
- a descoberta de ouro no rio Corumbiara, no século XVIII; 
- a conquista e o povoamento dos vales do Guaporé, Mamoré e Madeira; 
- a construção do Real Forte do Príncipe da Beira, no período colonial; 
- o Primeiro e o Segundo Ciclos da Extração de Látex; 
- a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e a descoberta de minério de estanho (cassiterita) em 1952. 

O período mais expressivo do desenvolvimento regional ocorreu a partir da abertura da BR 364, e com implantação de projetos de colonização, pelo Governo Federal, através do INCRA.

Buscamos, de forma simples, apresentar como ocorreu a ocupação do espaço regional, que tem início no século XVIII, com a fundação da aldeia de Santo Antônio, pelo padre jesuíta João Sampaio, na primeira cachoeira do rio Madeira, sentido foz-nascente. 
Posteriormente as descobertas de ouro nos afluentes da margem direita do rio Guaporé despertaram interesses na Coroa Portuguesa pela posse da terra, portanto, em 1748, funda a capitania de Mato Grosso, cujos limites abrangiam a maior parte das terras do atual estado de Rondônia. 
Dom Antônio Rolim de Moura Tavares, considerado o primeiro governador da capitania de Mato Grosso (1751-1764), iniciou uma política de povoamento e fundação de feitorias ao longo dos rios Guaporé e Madeira e construiu o Forte de Conceição que foi substituído pelo Real Forte do Príncipe da Beira. 

Nesse mesmo período, iniciou-se a exploração fluvial do rio Madeira e seus afluentes Mamoré e Guaporé, pela Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão, que utilizava essa rota fluvial com exclusividade para o abastecimento das minas de ouro dos afluentes do rio Guaporé e da capital da capitania de Mato Grosso (Vila Bela da Santíssima Trindade).
Com a decadência da mineração, no vale guaporeano, no final do  século  XVIII,  a  região  foi  abandonada  por  um período aproximado de 100 anos.

A partir de 1877, com o desenvolvimento da indústria de produtos derivados de látex o vale do Madeira e seus afluentes foram  ocupados  pelos seringueiros que, na sua maioria, eram retirantes que fugiam da seca que assolava o nordeste Brasileiro. 

A construção da Ferrovia Madeira Mamoré (1887), marcou um importante ponto nas relações diplomáticas entre Brasil e  Bolívia.  Constitui-se  também  num  elemento  definidor da ação Imperialista de potências estrangeiras na região amazônica. A Madeira Mamoré representa um dos marcos da  modernidade  capitalista  liberal  nos  confins  da  selva  do Madeira. 
A construção da EFMM objetivava atender as necessidades de transporte de mercadorias e cargas pelo trecho encachoeirado do Madeira e Mamoré. Deveria facilitar o escoamento da produção de borracha e das exportações bolivianas. 
A construção da ferrovia atende também ao que foi previsto pelo Tratado de Petrópolis e constituiu-se em um dos elementos decisivos para o impulso do recente processo de migração para a região desencadeada a partir do século XX. 
Ao longo da ferrovia surgiram diversos núcleos de povoamento e dois municípios; Porto Velho e Guaiará-Mirim. ‘Trabalharam em suas obras mais de 20.000 operários de diversas nacionalidades. Calcula-se que 6.500 trabalhadores tenham morrido vítimas das doenças tropicais. A obra custou o equivalente a vinte e oito toneladas de ouro pelo câmbio de 1912.
A construção da ferrovia deu a Companhia Madeira Mamoré o direito de exploração das terras que lhe eram adjacentes. Com a crise da borracha e a retração da economia amazônica EFMM entrou em decadência. Foi nacionalizada em 1931 e desativada pelo 5° BEC por ordem do Ministério do Interior, em 10 de julho de 1972. Alguns pequenos trechos, no entanto, foram reativados no início da década de 80 para fins turísticos  em  Porto  Velho  e  Guajará-Mirim  durante  o governo do Coronel Jorge Teixeira.


Entre 1877 e 1915, surgiram os povoados de Urupá (origem da atual cidade de Ji-Paraná), Pimenta Bueno, Jaru, Papagaios (atual cidade de Ariquemes) e diversos outros que surgiram e desapareceram como Santo Antônio do Rio Madeira, que chegou a ser uma cidade e o povoado de Samuel, no rio Jamari.


Com a desvalorização do preço do látex no mercado internacional  a  região  ficou  estagnada,  a  partir  de  1912,  por um período de aproximadamente 30 anos, e ocorreu o retorno de seringueiros a suas regiões de origem. 

Em 13 de setembro de 1943, no auge do Segundo Ciclo da Borracha, o presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto-Lei 5.812, criando o Território Federal do Guaporé, com áreas desmembradas dos estados de Mato Grosso e Amazonas. Em 1956, o Território passa a ser denominado de Território Federal de Rondônia. Desta época data a última grande leva de migrantes para a região, composta quase que exclusivamente de nordestinos vinculados á exploração de seringueira, e denominados “Soldados da Borracha”.


Em 1945 foram criados os municípios de Guajará-Mirim, que ocupava toda a região do Vale do Guaporé, e, Porto Velho, abrangendo toda a região de influências da atual BR - 364. 
Contudo, apesar do desaquecimento do mercado internacional da borracha, a região não se despovoou como no Primeiro Ciclo, mantendo alguns seringais ativos e prosseguindo o extrativismo da castanha e de algumas outras essências para atender o mercado europeu. 
Parte dos ex-soldados da  borracha  deixaram  os  seringais  e  fixaram-se  na Colônia Agrícola IATA, em Guajará- Mirim, criada em 1945, e na Colônia Agrícola do Candeias, em Porto Velho, criada em  1948. Tanto assim  que  os  primeiros  dados  demográficos disponíveis registram no final da década de 40 uma população de 36.935 habitantes em Rondônia, sendo 13.816 na área urbana e 23.119 na área rural, tendo a cidade de Porto Velho cerca  de  60%  da  população  total  da  época.  

Além disso, o traçado  telegráfico  estabelecido  por  Rondon  deu  início,  a partir de 1943, os primeiros passos para a construção da BR-29, posteriormente denominada BR-364.

Na década de 50 do século XX é descoberta a existência do minério de estanho (cassiterita), na região de Ariquemes. 

No início dos anos de 1960, foi aberta a BR 364, e partir de 1970, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA deu início à implantação de projetos integrados de colonização, gerando  um  intenso  fluxo  migratório  de  colonos, procedentes, principalmente, das regiões Sul e Sudeste do país. O fruto do processo de colonização foi o desenvolvimento das vilas e povoados remanescentes do período dos seringueiros e o surgimento de todas as cidades do estado de Rondônia, exceto Porto Velho e Guajará-Mirim. Porém, o desmatamento para  deixar  o  homem  no  campo  gerou  o desaparecimento de várias espécies vegetais, principalmente de madeiras nobres, além da destruição da fauna.

Pela Lei Complementar n° 41, de 22 de dezembro de 1981, sancionada pelo presidente João Baptista de Figueiredo, foi criado o estado de Rondônia, e, no dia 4 de janeiro de 1982, ocorreu a cerimônia de sua instalação. 

Na década de setenta e início da década de oitenta do  século  XX  o  fluxo  migratório  era  intenso  e  os  órgãos governamentais, na época, pouco se preocupavam com a preservação do meio ambiente, gerando como consequência um desmatamento desordenado.

 Durante as últimas décadas, a ação humana transformou as condições naturais da região e modernizou a economia regional, sem observar as questões ambientais e as disparidades regionais dos vales e da região ao longo da BR 364, onde ocorreu a maior transformação regional. Assim como a alteração da qualidade de vida da população ribeirinha que vive às margens dos rios e sobrevive da extração vegetal. Atualmente essas contradições, cada vez mais evidentes, fazem parte do espaço rondoniense e devem ser observadas. 

Os órgãos públicos a partir da implantação do Plano Agropecuário e Florestal de Rondônia, iniciado em 1988, no governo de Jerônimo Santana, tem se preocupado com as questões ambientais. Através do PLANAFLORO ocorreu um delineamento efetivado pelo Zoneamento Socioeconômico e Ecológico, foi envolvido pela crença de que a divulgação de um estudo sério viesse contribuir para uma mudança de cultura das nossas futuras gerações.









Conteúdo de História de Rondônia no livro História Desenvolvimento e Colonização do Estado de Rondônia, obra do escritor Ovídio Amélio de Oliveira










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domingo, 3 de março de 2019

RONDÔNIA: Território e Estado - Emancipação Política do Estado de Rondônia

04 de Janeiro 
Nossa emancipação política começa a se tornar realidade com a visita do então Presidente da Republica Getúlio Dornelles Vargas em outubro de 1940. 

Três anos depois , mas precisamente em 13 de setembro de 1943 pelo Decreto Lei 5812, Vargas criava os Territórios Federais, entre eles o Território Federal do Guaporé, que depois mudou sua denominação para Território Federal de Rondônia e finalmente estado de Rondônia. 

Origem da denominação: 
Joaquim Vicente Rondon, sobrinho de Cândido Mariano da Silva Rondon e segundo governador do Território do Guaporé, depois eleito deputado federal propôs à Câmara Federal, através do deputado Áureo de Melo a mudança do nome para Território Federal de Rondônia. 

O homenageado: 
     Cândido Mariano da Silva nasceu no estado do Mato Grosso (1865-1958) foi nomeado pelo Presidente da República Afonso Pena em 1906 chefe da Comissão Construtora de Linhas Telegráficas de Mato Grosso ao Amazonas. 
     A construção da Linha Telegráfica entre Cuiabá a Santo Antônio do Madeira começa em 1907, sendo inaugurada em 1912. Essa foi a obra mais importante de Rondon. 

     Lei Nº 2731 de 17 de Fevereiro de 1956 Muda a denominação do Território Federal do Guaporé para Território Federal de Rondônia.
     O Presidente da República: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: 
Art. 1.o – É mudada a denominação do Território Federal do Guaporé para Território Federal de Rondônia. 

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 1956, 135.o da Independência e 63.o da República. 
Juscelino Kubitschek 
Em 04/12/1975, o então Deputado Federal por Rondônia Jerônimo Garcia de Santana, apresentava o Projeto de Lei Complementar PLP 64/1976
Ementa: Eleva o Território Federal de Rondônia a condição de estado, e determina outras providências. 
     Em maio de 1976, o Projeto chega a Comissão de Constituição e Justiça, tendo como relator o Deputado Federal paulista Antônio Morimoto (1934-2007). Então é criado o estado de Rondônia 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos

A criação, incorporação, fusão ou desmembramento de um município se faz por lei estadual. 
Os municípios podem ser divididos em distritos, que são criados por leis municipais.
*O município de Porto Velho foi criado em 2 de outubro de 1914, por lei estadual do estado do Amazonas, 
*O município de Guajará-Mirim, em 1928, por lei estadual do estado de Mato Grosso. Isso porque, foram criados antes de ocorrer a criação do Território Federal do Guaporé. 
*Os municípios de Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno e Vilhena foram criados em 11 de outubro de 1977, por decreto-lei federal sancionada pelo presidente general Ernesto Geisel; 
*Os municípios de Jaru, Ouro Preto do Oeste, Presidente Médici, Colorado do Oeste, Costa Marques e Espigão d’Oeste, foram criados em 1981, também por decreto-lei federal, sancionada pelo presidente general João Batista Figueiredo; 

Nesse período, Rondônia era Território Federal. Portanto, as emancipações se faziam por atos do Presidente da República.
Em 1983, ocorreu a emancipação dos municípios de Rolim de Moura e Cerejeiras,criados por decreto-lei estadual, do estado de Rondônia, sancionado pelo governador Jorge Teixeira de Oliveira, porque nesse período, o estado de Rondônia ainda não possuía constituição.

Os demais municípios (Trinta e sete) foram criados por leis estaduais do estado de Rondônia, a partir de 1986.  



O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: 
     Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: 
CAPÍTULO I - Da Criação do Estado de Rondônia 
Art. 1º - Fica criado o Estado de Rondônia, mediante a elevação do Território Federal do mesmo nome a essa condição, mantidos os seus atuais limites e confrontações. 
Art. 2º - A Cidade de Porto Velho – será a Capital do novo Estado. 
Art. 36 - As despesas, até o exercício de 1991, inclusive, com os servidores de que tratam o parágrafo único do art.18 e o art. 22 desta Lei, serão de responsabilidade da União: 
Art. 18 Parágrafo único - O Governador do Estado aprovará os Quadros e Tabelas provisórias de pessoal da Administração do Estado e procederá, a seu juízo, mediante opção dos interessados, ao enquadramento dos servidores postos à sua disposição, devendo absorver pelo menos 50% (cinquenta por cento) dos optantes. 
Art. 22 - O pessoal militar da Polícia Militar do Território Federal de Rondônia passará a constituir a Polícia Militar do Estado de Rondônia, assegurados os seus direitos e vantagens. 

Brasília, 22 de dezembro de 1981; 160º da Independência e 93º da República. João Batista de Oliveira Figueiredo. 

LEI COMPLEMENTAR Nº 41, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1981 ( leia na íntegra)
Presidente João Batista de Oliveira Figueiredo e o Primeiro governador do estado de Rondônia Jorge Teixeira de Oliveira 
(Fonte: Ivo Feitosa) gentedeopiniao.com.br 


Breve memorial – Quem governou o estado 

     Em 04 de Janeiro de 1982 é empossado o Coronel Jorge Teixeira de Oliveira como o primeiro governador do 23º estado do Brasil.
 Jorge Teixeira de Oliveira – O Teixeirão, gaucho da cidade de General Câmara (1921-1987) formado em Educação Física 
    Jorge Teixeira é o Patrono do Centro de Instrução de Guerra na Selva – CIGS, e no ano de 1971 como Tenente Coronel recebeu a missão do Presidente Emílio Garrastazu Médici de criar o Colégio Militar de Manaus – CMM. Em 1975 foi nomeado pelo Presidente Ernesto Geisel Prefeito de Manaus, exonerado em março de 1979 por ter sido designado pelo Presidente João Batista de Oliveira Figueiredo para o cargo de governador do Território Federal de Rondônia, assumindo o cargo em 10 de abril de 1979, com a missão de criar mecanismos para transformar o Território Federal em estado. 

LEI N° 10.481, DE 3 DE JULHO DE 2002. 
Denomina “Aeroporto de Porto Velho/Governador Jorge Teixeira de Oliveira” o Aeroporto de Porto Velho, Estado de Rondônia. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1° Fica denominado “Aeroporto de Porto Velho/Governador Jorge Teixeira de Oliveira” 
Brasília, 3 de julho de 2002; 181° da Independência e 114° da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 

     Janilene Vasconcelos de Melo, Advogada, administradora e contadora, paraibana da cidade de Campina Grande, está radicada em Rondônia desde 1972. 

Exerceu diversos cargos na administração pública rondoniense. 
No inicio de janeiro de 1984, foi nomeada pelo presidente João Figueiredo, substituta do governador, a pedido de Jorge Teixeira em virtude de licença de saúde. 
Tornou-se então a primeira mulher a governar um estado em todo o país. 
     Exerceu o cargo até 15 de fevereiro do mesmo ano. 

O professor paulista Ângelo Angelin da cidade paulista de Capivari foi eleito deputado estadual constituinte na primeira eleição para a Assembleia Legislativa em 15 de novembro de 1982. Angelin foi o último governador biônico do estado nomeado pelo então Presidente José Sarney governou no período de 1985 a 1987. 

O primeiro governador eleito diretamente foi o goiano de Jataí Jerônimo Garcia de Santana conhecido politicamente com o “Homem da Bengala”. Bacharel em direito, foi deputado federal, prefeito de Porto Velho eleito em 1985 e governador com mandato entre 1987-1991. 

Osvaldo Piana Filho o único governador rondoniense, nasceu em Porto Velho, médico, foi deputado estadual onde presidiu a Assembleia Legislativa. Em 1990 foi candidato a governador de Rondônia ficando em 3° lugar no 1° turno. Com o assassinato do candidato Olavo Pires, concorreu no 2° turno vencendo o candidato Valdir Raupp, com mandato entre 1991-1994. 

Waldir Raupp de Matos senador reeleito (2010) nasceu na cidade de São João do Sul, Santa Catarina. Foi vereador na cidade de Cacoal, prefeito da cidade de Rolim de Moura e governador do estado entre os anos de 1995-1998. 

José de Abreu Bianco nasceu na cidade de Apucarana, estado do Paraná. Advogado foi deputado estadual, senador e governador entre 1999-2002. Bianco foi prefeito do município de Ji-Paraná. 

O Empresário Ivo Narciso Cassol foi o primeiro governador reeleito, comandou o estado entre 2003 a 2010. Nasceu na cidade de Concórdia, Santa Catarina. Seu reduto político é a cidade de Rolim de Moura onde foi prefeito. Cassol e Senador eleito em 2010. 

O cerealista João Aparecido Cahulla nasceu na cidade de Astorga-Paraná. Foi secretário de Administração e chefe de gabinete da Prefeitura de Rolim de Moura. Com a eleição de Ivo Cassol ao governo do estado assumiu a Casa Civil. Em 2006 depois de escolhas frustradas Cahulla foi convidado para ser vice de Cassol, assumindo o governo com a renúncia de Cassol em 31 de março de 2010. 

O médico Confúcio Aires Moura nasceu na cidade de Dianópolis, hoje estado do Tocantins. Confúcio foi Militar, PM em Goiânia, formado em medicina pela Universidade Federal de Goiás turma de 1975. Professor, deputado federal eleito para três mandatos 1995-2004 quando renunciou para assumir a Prefeitura de Ariquemes. Em 31 de outubro de 2010 foi eleito governador do estado no segundo turno. Reeleito em 26 de outubro de 2014. 


ATIVIDADE
Em que período Rondônia contava com apenas dois municípios?
 a) Até os anos 1970
 b) Até o ano de 1985.
 c) Até o início dos anos 1990.
 d) Até meados dos anos 1990.
 e) Até meados dos anos 2000.

A criação do Território Federal do Guaporé, em 13/09/1943, atendeu a vários objetivos do governo de Getúlio Vargas dentre os quais destaca-se
 a) o redirecionamento das políticas industriais até então centradas no Sudeste.
 b) a solução de problemas econômicos de Mato Grosso que cedeu sua porção norte para o novo território.
 c) a expansão territorial das atividades extrativas minerais, estratégicas devido ao contexto da Segunda Guerra.
 d) a delimitação exata da fronteira noroeste que desde o século XIX apresentava problemas de inexatidão.
 e) a proteção das regiões fronteiriças com fracas densidades demográficas

 Considera-se como um dos fatores determinantes da criação do Estado de Rondônia o(a):
     A.     desmatamento de grande parte da área florestada da Amazônia Ocidental
     B.     surto demográfico em função da agropecuária e dos garimpos.
     C.    obtenção de terras a partir dos incentivos governamentais
     D.    insistência da Bolívia na devolução do território pelo Brasil
transferência da capital brasileira para o Centro-Oeste

O Território Federal do Guaporé foi criado por Getúlio Vargas mediante o desmembramento de uma parte do território dos estados do Acre e do Amazonas. 
                     a-    [   ] Certo                                               b-    [   ] Errado

O controle das fronteiras brasileiras, sobretudo norte e sul, sempre foi motivo de preocupação dos principais governos republicanos. Acordos de limites, por exemplo, foram vários na República Velha. Durante o Governo Vargas, porém, este controle foi efetivamente definido com a criação de Territórios Federais na região, entre eles:
a) Rio Branco, atual Estado de Roraima, e Guaporé, atual Estado de Rondônia.
 b) Acre, atual Estado do Acre, e Guaporé, atual Estado de Rondônia
 c) Ponta Porã, atual Estado de Tocantins, e Rio Branco, atual Estado de Roraima
 d) Iguaçu, atual Estado de Roraima, e Acre, atual Estado do mesmo nome
 e) Amapá e Palmas, atualmente Estados do mesmo nome.

Nos antecedentes da criação do estado de Rondônia, consta a instalação do Território Federal do Guaporé, em 1943, o qual é posteriormente transformado em Território Federal de Rondônia. O Território Federal de Rondônia é criado no governo do presidente:
 a) Getúlio Vargas.
 b) Jânio Quadros.
 c) João Goulart.
 d) Juscelino Kubitschek.
 e) Costa e Silva.


O autor leciona na Escola Madeira-Mamoré, Faculdade Faro, Colégio Objetivo e Colégio Interação Cursos e Colégio – Porto Velho – RO 

Por Ruzel Costa 04/01/2015 http://www.rondoniagora.com/geral/noticia/2015/01/4-de-janeiro-emancipacao-politica-do-estado-de-rondonia-professor-ruzel-costa.html
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