1942 -1945 - 2ª Guerra Mundial
O Brasil perdeu sua supremacia como produtora de borracha para as colônias inglesas na Ásia, terminando assim o primeiro Ciclo da Borracha.
Em 1942, durante a 2ª Guerra Mundial, inicia o segundo Ciclo da Borracha.
Os Estados Unidos impossibilitados de alcançar os seringais asiáticos, redescobrem a Amazônia.
Eles necessitavam desse produto para a produção dos pneus utilizados nos veículos na frente de combate.
Brasileiros, principalmente, os do Nordeste, são atraídos para lutar na “Guerra Verde”, na Amazônia.
O inimigo armado não existia, na verdade a luta era contra as doenças tropicais e os maus tratos do governo.
O Brasil volta a posição de maior produtor de borracha do mundo, com a assinatura do tratado de Washington (1941), firmado entre o Brasil e Estados Unidos, durante o Governo de Getúlio Vargas.
Este fato proporcionou o retorno populacional e um grande impulso econômico, esse pedaço da Amazônia voltava a despertar interesses internacionais.
O presidente dos Estados Unidos Franklin Delano Roosevelt e o presidente do Brasil Getúlio Dorneles Vargas, assinaram os Acordos de Washington ( 1942), pelo qual o Brasil comprometia-se a reativar os seringais amazônicos, através de uma operação conjunta com os EUA.
O Brasil entrou com os seringais, mão-de-obra e 58% de capital para a criação do Banco de Crédito da Borracha.
Os EUA entraram com 42% de capital para o Banco de Crédito da Borracha e, forneciam meios para a produção, transporte e escoamento.
Inicialmente, os norte-americanos investiram 5 milhões de dólares para serem aplicados pelo Instituto Agronômico do Norte, nas pesquisas científicas para a melhoria e fomento da produção e mais 5 milhões de dólares para o saneamento a ser feito pela Fundação Rockfeller.
Esses acordos proporcionaram à região, a montagem de um esquema logístico institucional do qual participou ativamente o governo brasileiro com o apoio norte-americano, abrindo-se muitas frentes operacionais e estratégicas na área.
Esses acordos proporcionaram à região, a montagem de um esquema logístico institucional do qual participou ativamente o governo brasileiro com o apoio norte-americano, abrindo-se muitas frentes operacionais e estratégicas na área.
Os objetivos no entanto, de um e de outro governo, eram em certo ponto conflitante, os norte-americanos tinham seus interesses marcado pela urgência e pelo prazo curto, enquanto o governo brasileiro tinha o interesse voltado para o permanente e o duradouro desejo de manter na Amazônia uma política de desenvolvimento.
Com o apoio financeiro dos EUA, o governo brasileiro montou uma infra-estrutura que possibilitou aos seringais uma expressiva produção. A infra-estrutura criada foi a seguinte:
SEMTA ( Serviço de Encaminhamento de Trabalhadores para a Amazônia) e
CAETA ( Comissão Administrativa de Encaminhamento de Trabalhadores para a Amazônia)
com o objetivo de recrutar, encaminhar e colocar trabalhadores, principalmente nordestinos, nos seringais, sob a supervisão do Departamento Nacional de Imigração.
SAVA ( Superintendência de Abastecimento da Vale Amazônico) que fazia o abastecimento direto dos seringais com gêneros de primeira necessidade.
RRC ( Rubber Reserve Company) que passou a posteriormente a denominar-se RDC ( Rubber Devenlopment Company) encarregada de transporte de passageiros e de suprimentos através da SAVA.
SESP ( Serviço Especial de Saúde Pública): foi criado para promover o melhoramento urbano, o combate a Malária e o saneamento
Banco da Borracha-1942 : Que realizava operações de crédito, fomento à produção e financiamento aos seringalistas. O Banco exercia o monopólio da compra e venda da borracha.
Criação de Territórios : Território do Guaporé ( hoje Rondônia), Rio Branco ( hoje Roraima) e Amapá, em 1943, iniciando-se assim o processo de reorganização do espaço político amazônico.
O movimento migratório da Batalha da Borracha, que se desenvolveu no decorrer dos anos de 1941 e início de 1943, adquiriu um novo colorido com a chegada a partir de 1943 e durante os anos de 1944/1945, de novos contingentes humanos, os nordestinos que ficaram sendo conhecidos como soldados da borracha.
A diferença entre essas duas correntes de migrantes era flagrante, enquanto a primeira se constituía na sua maioria de cearenses que se deslocavam do interior. A partir de 1943 até 1945, provinha dos centros urbanos, geralmente composta de homens solteiros ou desgarrados de sua parentela, muito deles desempregados ou sem profissão definida, vinham para a Amazônia pelo simples sabor da aventura e para fugir à convocação para a FEB ( Força Expedicionária Brasileira) que lutava na Itália.
Com o término da Guerra em 1945, foram liberadas as plantações de borracha da região asiática, cessando o interesse norte-americano pela borracha produzida na Amazônia, que passou a acumular em estoques crescentes, já que o mercado interno não tinha capacidade de absorver toda a produção.
A tentativa de produzir borracha ainda permaneceu até os idos de 1960. A partir desta data, paulatinamente a produção de borracha cai, ocasionando o fim desse ciclo.
A tentativa de produzir borracha ainda permaneceu até os idos de 1960. A partir desta data, paulatinamente a produção de borracha cai, ocasionando o fim desse ciclo.
2º Ciclo da Borracha- Nº de Migrantes Nordestinos
Ano
|
Homens
|
Mulheres
|
Total
|
1941
|
13.910
|
8.267
|
22.177
|
1942
|
17.928
|
9.023
|
26.951
|
1943
|
24.399
|
9.419
|
33.818
|
1944
|
27.139
|
10.287
|
37.426
|
1945
|
21.807
|
9.959
|
31.766
|
Total
|
105.183
|
46.955
|
152.138
|
**1858: Entrada de nordestinos para os seringais do rio madeira e Purus: 5000 pessoas.
Atividade avaliativa - aqui
1. O segundo ciclo da borracha se deu em decorrência de que?
2. QUAIS ERAM OS OBJETIVOS DE UM E DO OUTRO NO ACORDO FEITO?
3. COMO FICARAM CONHECIDOS OS NORDESTINOS QUE VIERAM PARA RETIRADA DA BORRACHA?
4. EM QUE ANO MAIS VIERAM Migrantes Nordestinos PARA O 2º Ciclo da Borracha?
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2 comentários:
Quero parabenizar aos mentores do Blog!
É excelente! Gostaria de sugerir que disponibilizassem no blog uma biblioteca vitual para compra de livros relativo a Rondônia. Pois tenho muita dificuldade em encontrar livros principalmente quanto a história e geografia de Rondônia ou pelo menos algo parecido, preciso comprar alguns livros.
Grata!
Meu avo Jacob Essabba foi um dos Pioneiros da Borracha em Rondonia com negocios em Manaus e residencia tambem no Rio de Janeiro.Nao mencionam o nome dele muito menos O Seringal dele localizado em Santo Antonio do Rio Madeira.Samuel Benchimol menciona num dos livros dele.Se tiver alguma informacao meu email:essabbalivros@comcast.net WhatsApp : 954-7026666 Código de area 94 fic assim 55- 94-702.6666 Miami-USA. Sonia Essabba
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