terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Mineração em RO

     Os recursos minerais são divididos em metálicos e não-metálicos.
     Os minerais metálicos perfazem 85% dos recursos do estado, enquanto os não-metálicos apenas 15%.
     Ouro, ferro, manganês e estanho (cassiterita) são os destaques dos metálicos.
    Entre os não-metálicos sobressaem jazimentos de diamante, ametista, berilo, água-marinha, arila, areia, cascalho, granito, gnaisse, gabro e cascalho.

Observe mapa dos jazimentos Minerais para ter uma visão geral da distribuição das substâncias minerais pelo estado.


       Podemos verificar que o maior número de jazidas são de cassiterita (estanho) e de ouro.
     Há concentrações minerais no leste, na divisa com o Mato Grosso, no oeste a margem direita do Rio Guaporé.
      No Planalto dos Parecis, acompanhando a BR-364, localizam-se depósitos minerais desde o extremo sul do estado até Porto Velho e, depois, ao longo do Rio Madeira.
     A área menos aquinhoada é a margem direita dos Rios Guaporé-Mamoré, ou seja, a metade oeste do estado.

Sugestão: Veja o documentário sobre a mineração de cassiterita:

Filme de Marcos Santilli sobre a mineração de cassiterita no garimpo Bom Futuro


A primeira mina de cassiterita descoberta em Rondônia, se localizava no rio Machadinho, no seringal denominado Augustura, de propriedade do Sr. Joaquim Pereira Rocha, no ano de 1955, este achado mudaria a História sócio-econômica de Rondônia.

      Em 1956, foi retirado inicialmente 4 toneladas, já em 1968 foi retirado do solo cerca de 10 toneladas, em 1962 retirou-se aproximadamente 678 toneladas do minério, em 1972 foram retiradas 2794 toneladas, e em 1973 no auge da extração do minério chegou-se a tirar até 7300 toneladas, chegando neste período a produção corresponder a 80% do produzido no país; tendo na figura de Flodoaldo Pontes Pinto e Moacir Mota, os maiores empresários envolvidos neste processo.


      Para entendermos com mais clareza este fenômeno e suas conseqüências, o território de Rondônia no ano de 1960 tinha apenas 36.936 habitantes, em 1980 essa população já era 10 vezes maior, correspondendo a 503.070 habitantes, a capital do estado, Porto Velho, já contando com pelo menos 20% desse total de habitantes.

      Com a abertura da BR 364 e a chegada dos primeiros caminhões, a exploração da cassiterita cresceu de maneira astronômica. O processo de povoamento do estado também foi alterado devido à exploração do minério, ocasionando com isso transformações fundamentais nas vidas das pessoas que aqui residiam, uma vez que a economia do território, até então, era fundamentalmente vegetal, foi permutada para o extrativismo mineral. 

    Inicialmente a garimpagem da cassiterita se dava de forma clandestina e manual, os garimpos eram densamente povoados, e através desta povoação se desenvolveu as primeiras pistas de pouso, e alguma infra-estrutura nestas localidades.

      A maior parte da força de trabalho era masculina, o garimpeiro carregava consigo dois amigos inseparáveis: o revólver e o radinho de pilhas. 

A extração do minério era um grande sacrifício, geralmente a equipe de trabalho era constituída por duas ou três pessoas responsáveis pela escavação. Estas geralmente atingiam profundidade de até 3 metros, o desmonte da referida cata era feito após 2 ou 3 semanas de serviço. 

    O material utilizado para este fim era: picareta, enxadas, pás, enxadecos, facões e bombas para retirar a água de dentro das catas, que por sua vez era dividida em 3 partes:
1- Remoção do morto / compostos orgânicos (restos vegetais)
2- Argila/ areia, material de cor escura (loleia).
3- Cascalho, complemento de areia, pequenas partes de minério e bastante água.


      A quebra era a denominação utilizada pelo garimpeiro da retirada do cascalho. Geralmente dava-se início as atividades de trabalho ás 4 horas da manhã, até as 18 horas ininterruptamente.


CASSITERITA E DANOS AMBIENTAIS:

http://verbetes.cetem.gov.br/verbetes/ExibeVerbete.aspx?verid=106

















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